Será que há mesmo como evitar o plágio em nossa rotina diária? Quando o plágio realmente está configurado em um texto? Será que o ato de parafrasear online também configura plágio?
Em suma, o plágio é um transtorno que hoje faz parte da realidade de praticamente todas as faculdades brasileiras. Haja vista o fato de que um levantamento feito em 2018, na Unicamp, fez revelações no mínimo preocupantes.
Resumidamente, ele revelou que cerca de 87% dos alunos não tinham a menor ideia do que significa um plágio. Além disso, também não faziam ideia de como citar, de forma adequada, um autor nos seus trabalhos.
Mas como evitar o plágio e quando ele se configura?
Resumidamente, o plágio é o ato de copiar (parcial ou integralmente) o trecho de uma obra. De igual maneira, temos a configuração de um plágio quando atribuímos como nosso o trabalho de outrem. Do mesmo modo, temos a configuração de um plágio quando você reescreve um texto com suas palavras sem alterar nada na ideia, a fim de que pareça que ela é originalmente sua.
Na prática, trata-se de um crime, devidamente explicitado na Lei de Direitos Autorais nº9.610/98.
Em suma, além de dar noções sobre como evitar o plágio, em seu artigo 7º, ela esclarece que o autor detém os direitos de todas as “criações do seu espírito”. E mais: diz que não importa o meio pelo qual essas criações são fixadas e nem mesmo se se trata de suporte tangível ou intangível.
Desse modo, concluímos que há sempre plágio quando você reproduz um conteúdo alheio sem citar a fonte. E essa citação pode ser simplesmente o nome do autor e a página do trecho escolhido. Com isso, você fica livre de uma série de transtornos, inclusive pena de reclusão, ainda de acordo com a referida lei citada acima.
Ademais, segundo o artigo 102, a lei garante a você, plagiado, o direito de apreender todos os exemplares sob plágio. Além disso, poderá também requerer a suspensão de toda a divulgação do material, sem prejuízo de uma possível indenização por danos morais, se houver.
Paralelamente a isso, a lei ainda afirma, em seu artigo 103, que você terá direito a tomar para si todos os exemplares plagiados. E mais: terá direito a receber todo o valor que porventura o plagiador tenha obtido com a venda do seu material.
Tipos de plágio
Além de saber como evitar o plágio, também é importante conhecer as suas formas mais comuns no dia a dia.
Em suma, temos a configuração de um “plágio total” quando você copia uma obra inteira de outrem sem dar-lhe os devidos créditos. Isso é bastante comum nos casos de plágio de livros, teses acadêmicas, artigos científicos, entre outras produções.
Concomitantemente a isso, temos também o “plágio parcial”, que é quando você copia apenas partes ou parágrafos do trabalho de outrem, também sem dar-lhe os devidos créditos.
E, por fim, o “plágio conceitual”, que é quando você toma para si a ideia de outrem. Ou seja, quando você reescreve um texto com as suas palavras, mas mantém a ideia e não dá os devidos créditos ao autor da mesma.
Como evitar o plágio?
Sem dúvida, não há como evitar o plágio sem antes desenvolver o hábito de citar o autor de uma determinada obra ou ideia apreendidas.
Porém, na prática, você poderá evitar isso fazendo uma simples citação direta. Ou seja, citando o sobrenome do autor, página de onde extraiu o trecho e ano da publicação. Dessa forma, você evita o tão famigerado “plágio acadêmico”, um recurso que hoje configura-se como um dos principais dramas nas faculdades de todo o país.
Outra dica quente de saber como evitar o plágio é fazendo uma citação indireta. Nesse caso, a citação é indicada ao reescrever um conteúdo com as suas próprias palavras, ou seja parafrasear o texto. Nesses casos parafrasear online não é plágio, desde que você faça a citação do sobrenome do autor e o ano da publicação.
Para finalizar, reiteramos aqui o fato de que plágio é, sim, um crime, que pode resultar até mesmo em pena de reclusão de 3 meses a 1 ano, além de multa, conforme preconiza o Código Penal Brasileiro.
Por isso mesmo, não descuide! Em caso de dúvidas, faça sempre uma citação simples com o nome do autor. Com isso, você evita transtornos que certamente farão com que se arrependa, terminantemente, de ter utilizado o plágio como um recurso viável para a produção dos seus trabalhos acadêmicos e profissionais.